Wednesday, March 7, 2007

nem imaginava no que me ia meter...

Já tinha blog neste site. Mas como há já muito muito tempo que não lhe pegava, acabei por me esquecer qual era... E então, criei um novo.

Não que tenha muito para contar. Afinal, sou mais uma desempregada a arranjar com que ocupar o tempo, que quase sempre vai sobrando, e que no final acaba por passar tão rápido.

Sempre tive um gosto especial pelas artes. Desde pequena que sempre desejei ligar-me a elas. Secretamente, gostava de ser bailarina, mas não tinha físico para isso. E fui sonhando. Ainda hoje um bailado dificilmente não me comove.

Depois, com a entrada para o 5º ano, e a perspectiva de ter uma disciplina de música e outra de EVT, pensei que ia ser fantástico. Pura ilusão. Além de terem sido dois anos perfeitamente estúpidos (estava na turma dos filhos dos senhores fulanos de tal e coisa), em que nunca me integrei, até gostava bastante da música, mas a prof. de EVT não gostava de mim, e chegou a dar-me negativa no fim do periodo. Enfim, coisas da vida.

Mudando para o liceu, acabou-se o EVT, acabou-se a música... Mas começou o Conservatório. Fantástico, era o sonho a realizar-se... Não fosse eu querer aprender piano e não haver vaga. Então, optei pela guitarra clássica, que ainda hoje vou dando uns toques (quando a garotada sossega, claro). Mas os meus pais inscreveram-me em violino. Talvez tenham sido os 3 anos mais frustrantes da minha adolescência. Como se não bastasse continuar na turma dos filhos dos senhores fulanos de tal e coisa, tinha que 2 vezes por semana fazer romaria até ao conservatório para ter uma hora de aula que acabava por ser de meia. Mas muito bem paga, diga-se de passagem. Coincidia com a hora do lanche do doutor. Era óptimo professor, mas acho que a frustração dele ainda veio antes da minha. O violino é daqueles instrumentos que, ou se nasce para ele, ou nem vale a pena tentar...

Essa frustração atenuava-se nas aulas de formação musical e canto coral, que adorava. Era a mais velha na formação, eu com 13 ou 14 e os outros com 8 e 9. Mas era engraçado. O coral, sem palavras...

No 9º ano, artes. Mas com um péssimo prof. de EVT, não deu para aprender nada.

Entrei na minha primeira exposição. É uma sensação muito boa, ver gente a apreciar o produto do nosso trabalho.

10º ano, letras. Graças à directora de turma, que na hora da matrícula deu-nos a volta à cabeça. Só eu sei o que me arrependo...

Findo o secundário, que foi terrível para mim em vários sentidos, o superior.

Burra, mais uma vez, deixo-me convencer a candidatar para Comunicação Social, quando tinha entrado na Univ. de Aveiro no curso que realmente gostava, e com a melhor média.

Foram 5 anos perdidos, pois 6 anos e meio depois continuo em casa. Vou a uma entrevista "falta de qualificações".

O centro de emprego só me chama para cursos, que no final para nada me valem. Depois de 6 cursos tirados, incluindo formação de formadores ouço "excesso de qualificações". Nem para uma caixa de supermercado sirvo, pelos vistos.

Mas como tristezas não pagam dívidas, vou-me dedicando às artes.

Auto-didacta, claro. Pinto gessos, marfinites e agora telas. Comecei a pintar a óleo, e estou a gostar muito. vamos ver no que dá. Futuro pior que o passado não é fácil...

Esta foi a primeira tela que pintei a óleo. Ainda tá meio fresca, mas já está na parede.

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