Já tinha blog neste site. Mas como há já muito muito tempo que não lhe pegava, acabei por me esquecer qual era... E então, criei um novo.
Não que tenha muito para contar. Afinal, sou mais uma desempregada a arranjar com que ocupar o tempo, que quase sempre vai sobrando, e que no final acaba por passar tão rápido.
Sempre tive um gosto especial pelas artes. Desde pequena que sempre desejei ligar-me a elas. Secretamente, gostava de ser bailarina, mas não tinha físico para isso. E fui sonhando. Ainda hoje um bailado dificilmente não me comove.
Depois, com a entrada para o 5º ano, e a perspectiva de ter uma disciplina de música e outra de EVT, pensei que ia ser fantástico. Pura ilusão. Além de terem sido dois anos perfeitamente estúpidos (estava na turma dos filhos dos senhores fulanos de tal e coisa), em que nunca me integrei, até gostava bastante da música, mas a prof. de EVT não gostava de mim, e chegou a dar-me negativa no fim do periodo. Enfim, coisas da vida.
Mudando para o liceu, acabou-se o EVT, acabou-se a música... Mas começou o Conservatório. Fantástico, era o sonho a realizar-se... Não fosse eu querer aprender piano e não haver vaga. Então, optei pela guitarra clássica, que ainda hoje vou dando uns toques (quando a garotada sossega, claro). Mas os meus pais inscreveram-me em violino. Talvez tenham sido os 3 anos mais frustrantes da minha adolescência. Como se não bastasse continuar na turma dos filhos dos senhores fulanos de tal e coisa, tinha que 2 vezes por semana fazer romaria até ao conservatório para ter uma hora de aula que acabava por ser de meia. Mas muito bem paga, diga-se de passagem. Coincidia com a hora do lanche do doutor. Era óptimo professor, mas acho que a frustração dele ainda veio antes da minha. O violino é daqueles instrumentos que, ou se nasce para ele, ou nem vale a pena tentar...
Essa frustração atenuava-se nas aulas de formação musical e canto coral, que adorava. Era a mais velha na formação, eu com 13 ou 14 e os outros com 8 e 9. Mas era engraçado. O coral, sem palavras...
No 9º ano, artes. Mas com um péssimo prof. de EVT, não deu para aprender nada.
Entrei na minha primeira exposição. É uma sensação muito boa, ver gente a apreciar o produto do nosso trabalho.
10º ano, letras. Graças à directora de turma, que na hora da matrícula deu-nos a volta à cabeça. Só eu sei o que me arrependo...
Findo o secundário, que foi terrível para mim em vários sentidos, o superior.
Burra, mais uma vez, deixo-me convencer a candidatar para Comunicação Social, quando tinha entrado na Univ. de Aveiro no curso que realmente gostava, e com a melhor média.
Foram 5 anos perdidos, pois 6 anos e meio depois continuo em casa. Vou a uma entrevista "falta de qualificações".
O centro de emprego só me chama para cursos, que no final para nada me valem. Depois de 6 cursos tirados, incluindo formação de formadores ouço "excesso de qualificações". Nem para uma caixa de supermercado sirvo, pelos vistos.
Mas como tristezas não pagam dívidas, vou-me dedicando às artes.
Auto-didacta, claro. Pinto gessos, marfinites e agora telas. Comecei a pintar a óleo, e estou a gostar muito. vamos ver no que dá. Futuro pior que o passado não é fácil...
Esta foi a primeira tela que pintei a óleo. Ainda tá meio fresca, mas já está na parede.
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